imported>Dalton Holland Baptista |
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| '''''Leptotes''''' is a genus of [[orchid]]s formed by nine species of [[Brazil]] which exist in the dry jungles of South and Southeast, and also in [[Paraguay]] or [[Argentina]]. They are small [[epiphytic]] plants of [[caespitific]] growth, that sometimes resemble little ''[[Brassavola]]'', as they share same type of thin terete leaves, however they are more closely related to ''[[Loefgrenianthus]]''. | | '''''Leptotes''''' is a genus of [[orchid]]s formed by nine species of [[Brazil]] which exist in the dry jungles of South and Southeast, and also in [[Paraguay]] or [[Argentina]]. They are small [[epiphytic]] plants of [[caespitific]] growth, that sometimes resemble little ''[[Brassavola]]'', as they share same type of thin terete leaves, however they are more closely related to ''[[Loefgrenianthus]]''. |
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| Some species of ''Leptotes'' are widely cultivaded and form showy displays when completely in bloom, yet the majority of species are not commonly found under cultivation, some ere rare or even almost completely unknown. Five species have only been described after year 2000. They are not included among the orchids easiest to grow. Beside being cultivated for their ornamental value, there are records of eventual uses of the flowers and fruits of ''[[Leptotes bicolor]]'' as milk, ice cream, tea and candies aromatizers instead of ''[[Vanilla]]''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Lawler, L.J.</span>: ''Ethnobotany of the Orchidaceae'' in '''Orchid biology:reviews and perspectives, Vol.3'''. J. Arditti Ed., Cornell University Press, Ithaca, New York, 1984.</ref> | | Some species of ''Leptotes'' are widely cultivaded and form showy displays when completely in bloom, yet the majority of species are not commonly found under cultivation, some are rare or even almost completely unknown. Five species have only been described after year 2000. They are not included among the orchids easiest to grow. Beside being cultivated for their ornamental value, there are records of eventual uses of the flowers and fruits of ''[[Leptotes bicolor]]'' as milk, ice cream, tea and candies aromatizers instead of ''[[Vanilla]]''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Lawler, L.J.</span>: ''Ethnobotany of the Orchidaceae'' in '''Orchid biology:reviews and perspectives, Vol.3'''. J. Arditti Ed., Cornell University Press, Ithaca, New York, 1984.</ref> |
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| <--{{taxocaixa
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| | nome = ''Leptotes''
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| | cor =lightgreen
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| | imagem = Leptotes-bicolor.jpg
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| | imagem_legenda = ''Leptotes bicolor''
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| | domínio = [[Eukaryota]]
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| | reino = [[Plantae]]
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| | divisão = [[Magnoliophyta]]
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| | classe = [[Liliopsida]]
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| | ordem = [[Asparagales]]
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| | família = [[Orchidaceae]]
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| | subfamília = [[Epidendroideae]]
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| | tribo = [[Epidendreae]]
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| | subtribo = [[Laeliinae]]
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| | género = '''''Leptotes'''''
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| | género_autoridade = [[Lindl.]] [[1833]]
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| | espécie_tipo ='''''Leptotes bicolor'''''
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| | espécie_tipo_autoridade = [[Lindl.]] [[1833]]
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| | subdivisão_nome = Espécies
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| | subdivisão =''[[Leptotes bicolor|L. bicolor]]''<small> [[Lindl.]] [[1833]]</small></br>''[[Leptotes bohnkiana|L. bohnkiana]]''<small> [[Campacci]] [[2004]]</small></br>''[[Leptotes harryphillipsii|L. harryphillipsii]]''<small> [[Christenson]] [[2004]]</small></br>''[[Leptotes mogyensis|L. mogyensis]]''<small> Krackow. ex [[Christenson]] [[2004]]</small></br>''[[Leptotes pauloensis|L. pauloensis]]''<small> [[Hoehne]] [[1934]]</small></br>''[[Leptotes pohlitinocoi|L. pohlitinocoi]]''<small> [[V.P.Castro]] & [[Guy R. Chiron|Chiron]] [[2004]]</small></br>''[[Leptotes tenuis|L. tenuis]]''<small> [[Rchb.f.]] [[1865]]</small></br>''[[Leptotes unicolor|L. unicolor]]''<small> [[Barb.Rodr.]] [[1877]]</small></br>''[[Leptotes vellozicola|L. vellozicola]]''<small> [[Van den Berg]], [[E.C.Smidt]] & [[Sidney Marçal de Oliveira|Marçal]] [[2006]]</small>
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| | mapa =Leptotes distribution map.png}}
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| '''''Leptotes''''' é um [[género (biologia)|género]] [[botânica|botânico]] pertencente à [[família (biologia)|família]] das [[orquídea]]s. É composto por cerca de nove espécies do [[Brasil]] que existem nas matas secas do sul e sudeste, e também no [[Paraguai]] ou [[Argentina]]. São pequenas plantas [[epífita]]s de [[crescimento cespitoso]], algumas das quais poderiam ser comparadas a pequenas ''[[Brassavola]]'', pela semelhança que as [[Folha (botânica)|folha]]s estreitas e roliças dos dois gêneros apresentam. No entanto estão mais proximamente relacionadas com ''[[Loefgrenianthus]]''.
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| Algumas de suas espécies são amplamente cultivadas e formam conjuntos bastante vistosos quando bem floridas, todavia a maioria das espécies não é comum em cultivo, algumas são bastante rara ou quase totalmente desconhecidas. Cinco espécies somente foram descritas no século XXI. Não são plantas cujo cultivo está entre os mais fáceis. Além se serem cultivadas por seu valor ornamental, há registros da utilização ocasional das flores e frutos da ''Leptotes bicolor'' como aromatizantes para leite, sorvete, chá e doces, em substituição à baunilha.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Lawler, L.J.</span>: ''Ethnobotany of the Orchidaceae'' em '''Orchid biology:reviews and perspectives, Vol.3'''. J. Arditti Ed., Cornell University Press, Ithaca, New York, 1984.</ref>
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| ==Dispersão==
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| As espécies de ''Leptotes'' são originárias da [[Mata Atlântica]] do Brasil, duas espécies encontradas em outros países também, a ''L. unicolor'' na Argentina, e a ''L. bicolor'' no Paraguai, sempre vivendo de forma [[epífita]]. Três espécies apresentam elevado grau de endemismo no sul da Bahia e não existem em outros locais. A distribuição de uma das espécies é apenas uma suposição. Os estados do sudeste do Brasil são os que apresentam o maior nível de ocorrência de espécies porém seus limites extremos de ocorrência são a [[Serra da Jibóia]], na Bahia, e o norte do estado do [[Rio Grande do Sul]].<ref name="CBGO"><span style="font-variant:small-caps;">Van den Berg, Cássio</span>: ''Leptotes'' em '''Genera Orchidacearum Vol.4''', p. 273. Oxford Unity Press, 2006. ISBN 9780198507123.</ref>
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| As espécies do grupo de flores explanadas, como ''Leptotes tenuis'' e ''L. pauloensis'', são mais frequentes em matas úmidas de encostas. A L. bicolor é a espécie com maior dispersão e adaptação tanto a florestas mais únidas das montanhas, como às matas mais secas do planalto acima da [[Serra do mar]]. A Leptotes unicolor é planta de áreas mais frias, acima de 700 metros de altitude, preferindo hospedar-se em [[araucária]]s e ''[[Podocarpus]]'' nas áreas mais ao sul do Brasil.<ref name="CBGO"/>
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| ==Descrição==
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| As espécies classificadas no gênero ''Leptotes'' são plantas de [[rizoma]] curto, de secção cilíndrica, com [[pseudobulbo]]s muito pequenos que quase imperceptivelmente prolongam-se em uma, raramente duas, folhas carnosas teretiformes, curtas ou longas, eretas ou pendentes, de cores escuras, verdes ou purpúreas, frequentemente apresentando superfícies rugosas, com sulco mais ou menos profundo na face. A [[inflorescência]] é apical, geralmente curta, e brota diretamente do ápice do pseudobulbo, sem que seja protegida por [[espata]], comportando de uma a sete flores, no entanto são mais comuns duas ou três. As [[flor]]es são relativamente grandes quando comparadas às dimensões da planta, normalmente meio tombadas, em algumas espécies formando conjunto de aspecto muito vistoso.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Van den Berg, Cássio</span>: ''Leptotes'' em '''Genera Orchidacearum Vol.4''', pp. 271-273. Oxford Unity Press, 2006. ISBN 9780198507123.</ref>
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| As [[flor]]es geralmente são de coloração rósea, esverdeadas ou brancas, com [[labelo]] manchado de amarelo claro, púrpura ou lilás, bastente perfumadas e duram cerca de dez a vinte dias.<ref name="DM"><span style="font-variant:small-caps;">Miller, David; Richard Warren; Izabel Moura Miller & Helmut Seehawer</span>: '''Serra dos Órgãos sua história e suas orquídeas''', p. 240. Rio de Janeiro, 2006.</ref> As [[pétala]]s e [[sépala]]s são parecidas, alongadas, da mesma cor, as pélatas ligeiramnete mais estreitas que as sépalas. O labelo se posiciona ao longo da [[Coluna (botânica)|coluna]], é trilobado, com lobos laterais pequenos, erguidos ao lado da coluna, porém nunca envolvendo-a, ou explanados; o lobo intermediário é bem maior que os laterais, apresenta formato lanceolado ou obovado, ocasionalmente carnoso, explanado ou curvado para trás; em algumas espécies com margens serrilhadas, em outras lisas; raramente apresenta calos e possui garras que se prendem aos lados da coluna. Esta é curta, espessa e ereta, normalmente esverdeada, biauriculada, e possui seis [[polínia]]s de tamanhos desiguais, duas grandes no centro e quatro pequenas em dois pares presas por [[caudículo]] bastante curto, em um arranjo sem similares entre as orquídeas. Seus [[fruto]]s são arredondados, suculentos e perfumados como os de ''[[Vanilla]]''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Withner, Carl Leslie</span>: '''The Cattleyas and Their Relatives, Vol. 3''', pp.94-95. Timber Press, Oregon. ISBN 0881922692</ref>
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| Sua [[polinização]] nunca foi observada e as suposições sobre seus agentes são diferentes, [[Cássio van den Berg]] supõe que, pelas cores e morfologia de suas flores, devam ser polinizadas por [[abelha]]s,<ref><span style="font-variant:small-caps;">Van den Berg, Cássio</span>: ''Leptotes'' em '''Genera Orchidacearum Vol.4''', pp. 271-273. Oxford Unity Press, 2006. ISBN 9780198507123.</ref> outros orquidólogos indicam a possibilidade de serem os [[beija-flor]]es seus polinizadores.<ref name="DM"/>
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| ==Taxonomia==
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| Em abril de 1833, floresceu na estufa da Sra. Arnold Harrison, colecionadora de orquídeas inglesa homenageada em diversas descrições de conhecidas espécies tais como ''[[Bifrenaria harrisoniae]]'' e ''[[Cattleya harrisoniana]]'' uma espécie desconhecida que recebera da [[Serra dos Órgãos]], no Brasil. Pouco tempo depois, a Sra. Harrison enviou um desenho e uma muda desta planta para o botânico [[John Lindley]], que verificou tratar-se de um novo gênero. Em sua descrição, datada do mesmo ano,
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| Lindley propõe o nome de ''Leptotes'', do [[língua grega|grego]], ''suave'', ''delicado'', em referência à aparência das flores desta planta. Afirma que ''Leptotes'' é um gênero similar e próximo a ''[[Tetramicra]]'' do qual distingue-se pela estrutura das polínias; pelos lobos laterais do labelo de suas flores, muito menores; e por não apresentar [[calcar]] preso ao [[ovário]] e que de ''Brassavola'' diferencia-se também pelas polínias e pelo labelo trilobado. Descreve em seguida sua [[espécie-tipo]], a ''[[Leptotes bicolor]]''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Lindley, John</span>: ''Leptotes bicolor'' em '''Edward's Botanical Register Vol.19''', t.1625. James Ridgway & Sons Ed. London, 1833. [http://www.botanicus.org/item/31753002748314 Publicado na internet, em inglês.]</ref>
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| Em 1838, Lindley recebeu duas plantas levemente diferentes entre si, provenientes de [[Macaé de Cima]] e da [[Ilha Grande]], no Rio de Janeiro, considerando-as diferentes da espécie previamente descrita, pois os lobos laterais do labelo eram levemente serrilhados, suas flores maiores, e apresentarem ainda uma segunda folha ocasional por pseudobulbo, propôs uma nova espécie com o nome de ''Leptotes serrulata''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Lindley, John</span>: ''Leptotes serrulata'' em '''Sertum orchidaceum''', t.11. James Ridgway & Sons Ed. London, 1838. [http://www.botanicus.org/item/31753002748314 Publicado na internet, em inglês.]</ref> Cinco anos mais tarde, o conde alemão [[Johann Centurius von Hoffmannsegg]], considerando que as folhas de uma planta que cultivava apresentavam um tom verde-azulado diferente, descreveu a planta denominando-a ''L. glaucophylla''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Hoffmannsegg, Johann Centurius von</span>: ''Leptotes glaucophylla'' em '''Botanische Zeitung Vol.1''', p. 833. Berlin, 1843.</ref> Ao rever as espécies até então conhecidas de ''Leptotes'', em 1990, [[Carl Leslie Withner]], contrariando diversos taxonomistas anteriores que já haviam notado a grande semelhança de todas as espécies até então descritas, vai ainda mais longe e, baseando-se nos desenhos publicados por Lindley, encontra diferenças adicionais entre a ''L. bicolor'' e a ''L. serrulata'', afirmando que a segunda é muito mais florífera, com até sete flores por inflorescência, a qual é muito mais longa.<ref name="W"><span style="font-variant:small-caps;">Withner, Carl Leslie</span>: '''The Cattleyas and Their Relatives, Vol. 3''', p.96. Timber Press, Oregon. ISBN 0881922692</ref> Hoje sabemos que ambas descrições são de pequenas variações da ''L. bicolor'', que, pela sua ampla dispersão e multiplicidade de populações, é planta bastante variável.<ref name="K"><span style="font-variant:small-caps;">Govaerts, Rafaël ''et al''</span>: '''World Checklist of Orchidaceae'''. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. {{link|en|2=http://www.kew.org/wcsp|3=Publicado na Internet}} (consultada em janeiro de 2009).</ref>
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| Em 1865, [[Heinrich Gustav Reichenbach]], recebeu, de local desconhecido do Brasil, a segunda espécie hoje aceita a ser descrita, uma planta muito diferente da ''Leptotes bicolor'', por ter folhas curtas e aglomeradas, e poucas flores pequenas e mais arredondadas, de segmentos amarelados bem explanados, publicou-a com o nome de ''L. tenuis''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Reichenbach, Heinrich Gustav</span>: ''Leptotes tenuis'' em '''Hamburger Garten Blumenzeitung Vol.21''', pp. 296. Hamburg, 1865.</ref> Doze anos mais tarde, a terceira espécie, a ''Leptotes unicolor'' foi descrita pelo botânico brasileiro [[João Barbosa Rodrigues]]. Segundo o autor, tratava-se de espécie muito perfumada e pequena, da qual encontrara mais de uma centena de exemplares vivendo epífitas às margens dos rios [[Rio Dourado|Dourado]], [[Rio das Antas|das Antas]] e [[Rio Sapucai|Sapucai]], perto da cidade mineira de [[Alfenas]].<ref><span style="font-variant:small-caps;">Barbosa Rodrigues, João</span>: ''Leptotes unicolor'' em '''Genera et species orchidacearum novarum''' Vol.1, p.74. 1877. [http://www.botanicus.org/title/b12207019 Publicado na Internet, em francês e latim.]</ref> Em 1881, Barbosa Rodrigues encontrou uma outra planta com folhas mais longas e pequenas diferenças na estrutura da flor, em [[Joinville]], na época situada no [[Paraná]] pois o [[Estado de Santa Catarina]] ainda não havia sido criado, e descreveu-a com o nome de ''L. paranaensis''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Barbosa Rodrigues, João</span>: ''Leptotes paranaensis'' em '''Genera et species orchidacearum novarum''' Vol.2, pp.163. 1881. [http://www.botanicus.org/title/b12207019 Publicado na Internet, em francês e latim.]</ref> Atualmente é considerada uma variação da ''L. unicolor'' já descrita por ele quatro anos antes.<ref name="OB"><span style="font-variant:small-caps">Pabst, Guido & Dungs, Fritz </span>: '''Orchidaceae Brasilienses vol. 1''' p. 148, Brucke-Verlag Kurt Schmersow, Hildesheim, 1975. ISBN 3871050106 </ref>
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| Oito anos mais tarde, [[Robert Allen Rolfe]] recebeu, também de localidade ignorada do Brasil, uma planta similar à ''Leptotes tenuis'' que Reichenbach descrevera em 1865, porém com folhas bem mais grossas e curtas, descreveu-a com o nome de ''L. minuta''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Rolfe, Robert Allen</span>: ''Leptotes minuta'' em '''Gardeners' Chronicle Vol.1889-2''': p. 323. London, 1889.</ref> Em sua revisão das plantas do Brasil, publicada em 1903, [[Célestin Alfred Cogniaux]], ignorando a variabilidade a que estavam sujeitas as espécies de ''Leptotes'', tanto pela existência de diversas populações isoladas, bem como por diferenças no comprimento e espessura das folhas devido a variações decorrentes de maior ou menor exposição à luz, aceitou como boa esta espécie que sabe-se ser uma variação da ''L. tenuis'', bem como a maioria das outras até então descritas.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Cogniaux, Célestin Alfred</span>: ''Leptotes'' em '''Flora Brasiliensis Vol.3 Part.6''': pp. 254-259. K.F.P. von Martius Ed., 1903. [http://florabrasiliensis.cria.org.br/search?taxon_id=1511 Publicado na Internet, em latim.]</ref>
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| Johan Albert Constantin Loefgren, botânico sueco radicado no Brasil, recebeu de [[Itatiaia]], no Rio de Janeiro, em 1918, uma orquídea cujas flores recordavam as de ''Leptotes'' porém com labelo saquiforme, com folhas planas e delgadas, e hábito longamente pendente. Descreveu-a como ''Leptotes blanche-amesiae''.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Loefgren, Johan Albert Constantin</span>: ''Leptotes blanche-amesiae'' em '''Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Vol.2''': p. 58. Rio de Janeiro, 1918.</ref> Anos mais tarde [[Frederico Carlos Hoehne]] concluiu que esta espécie, apesar de certamente relacionada às ''Leptotes'' ficaria melhor classificada em outro gênero, assim, em homenagem a Loefgren, propôs o gênero ''[[Loefgrenianthus]]'' para acomodá-la.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Hoehne, Frederico Carlos</span>: ''Loefgrenianthus'' em '''Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo Vol.1''': p. 593. São Paulo, Julho de 1927.</ref> Hoehne também descreveu uma nova espécie, a ''Leptotes pauloensis'', por ter sido encontrada no [[Estado de São Paulo]] em 1934. Esta espécie lembra muito a ''Leptotes tenuis'' porem suas flores são de cores diferentes. Por muitos anos esta espécie esteve sujeita a controvérsias quanto à sua aceitação. [[Guido Frederico João Pabst|Guido Pabst]] considerava-a um sinônimo da última;<ref name="OB"/> em 1990, Withner afirmou que depois de estar desaparecida por muitos anos, finalmente esclareceram-se as dúvidas quanto a sua aceitação pois muitas haviam sido encontradas há pouco e realmente deveria ser aceita como espécie autônoma.<ref name="W"/>
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| Portanto eram conhecidas quatro espécies de ''Leptotes'' em 2004, três bastante diferentes entre si, ''L. bicolor'', ''L. unicolor'' e ''L. tenuis'', e uma quarta, ''L. pauloensis'', ocasionalmente considerada sinônimo da anterior, mas mais frequentemente aceita pelos taxonomistas. Neste ano, o número de espécies dobrou pois outras quatro foram descritas. Mas a história destas descrições começa muito antes, em 1954, quando um dos associados do [[Círculo Paulista de Orquidófilos]], apresentou uma palestra em que discorria longa e informalmente sobre as inúmeras variedades de ''Leptotes'' que encontrara e reunira ao longo dos anos e os nomes que a elas atribuía. Esta palestra foi impressa e distribuída no boletim da associação.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Krackowizer, F. J.</span>: ''Monografia do gênero Leptotes'' em '''Revista do Círculo Paulista de Orquidófilos Vol.11''', pp. 53-63 e 64-72. São Paulo, 1954.</ref> Em 2004, [[Eric A. Christenson]], conhecedor desta publicação, encontrou em cultivo em coleções particulares nos [[Estados Unidos]] duas das variedades mencionadas na palestra e decidiu descrevê-las formalmente como espécies autônomas. Uma dessas plantas, a ''Leptotes harryphillipsii'', é similar à ''L. pauloensis'' espécie já problemática.<ref name="EC"><span style="font-variant:small-caps;">Christenson, Eric A.</span>: ''Leptotes harryphillipsii'' em '''Orchids South Africa Vol.35''', pp. 53. Cape Town, 2004.</ref> A outra, ''L. mogyensis'', é uma espécie desconhecida dos orquidólogos e orquidófilos brasileiros a não ser pela planta apresentada por Christenson, supostamente originária de [[Mogi das Cruzes]], em São Paulo.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Christenson, Eric A.</span>: ''Leptotes mogyensis'' em '''Orchids South Africa Vol.35''', pp. 54. Cape Town, 2004.</ref>
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| As outras duas espécies descritas em 2004 pertencem à afinidade da ''Leptotes bicolor'' e foram ambas encontradas pelo mesmo explorador na região de [[Buerarema]], sul da [[Bahia]]. A ''Leptotes bohnkiana'', cujo nome é uma homenagem a seu descobridor, diferencia-se pelo tamanho menor,<ref><span style="font-variant:small-caps;">Campacci, Marcos Antonio</span>: ''Leptotes bohnkiana'' em Boletim CAOB Vol.53, p.17. São Paulo, 2004. ISSN 14194590.</ref> a outra, ''L. pohlitinocoi'', principalmente pela cor.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Vitorino P. Castro Neto & Chiron, Guy</span>: ''Leptotes pohlitinocoi'' em '''Richardiana Vol.4''': p.78. Paris, 2004.</ref> Finalmente, em 2006 foi descoberta por [[Sidney Marçal de Oliveira]] a última espécie a ser descrita, também da Bahia, porém habitante da [[Chapada Diamantina]], a ''Leptotes vellozicola'' é bastante diferente de todas as outras já descritas.<ref name="CVB"><span style="font-variant:small-caps;">Van den Berg, Cássio ''et al''</span>: ''Leptotes vellozicola'' em '''Neodiversity Vol.1''', pp. 2, 2006. [http://www.neodiversity.org/articles/neod1101.pdf Publicado na Internet, em inglês.]</ref>
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| ==Filogenia==
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| Segundo a [[filogenia]] de [[Laeliinae]] publicada no ano 2000 em ''Lindleyana'' por [[Cássio van den Berg]] et al., ''Leptotes'' é muito próximo de ''[[Loefgrenianthus]]'' e ambos situam-se entre ''[[Pseudolaelia]]'' e ''[[Schomburgkia]]''.
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| ==Espécies==
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| ==Cultivo==
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| Por suas raízes apodrecerem com facilidade se expostas à [[umidade]] excessiva, as ''Leptotes'' são melhor cultivadas penduradas em placas de fibras vegetais ou de cascas de árvores. Não dever receber [[luz]] solar direta, as regas e [[adubação]] devem ser mais frequentes durante o período de [[crescimento]] ativo e a [[temperatura]] intermediária.<ref><span style="font-variant:small-caps;">Pridgeon, Alex</span>: ''Leptotes'' em '''Genera Orchidacearum Vol.4''', p. 274. Oxford Unity Press, 2006. ISBN 9780198507123.</ref>
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| =={{Ver também}}==
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| *[[Lista de gêneros de Orchidaceae]]
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| ==References== | | ==References== |
| {{reflist|2}} | | {{reflist|2}} |